"ninguém vai entender / o que eu pensei / o que eu senti / se já não quer mais / me dizer o que foi que eu fiz / e dizer o que foi que eu quis" (mariana davies)
Já escrevi muita fanfic de Harry Potter e fanfiquei muito a minha vida real. Essa semana numa aula sobre Teresa Cárdenas, surgiu uma reflexão sobre o quanto a biografia e a literatura dão conta da vida. Curiosamente, no bate-papo do Leia Mulheres Niterói rolou algo parecido no debate do livro "Eu, Tituba: bruxa de Salém", da Maryse Condé: como a narrativa em primeira pessoa parece se demorar em certas partes da história, detalhando horas e dias com precisão; e em outras, avança anos em um único parágrafo, sem dar conta de como se deu a transição. Isso me lembrou que tanto na biografia quanto na literatura há um trabalho de seleção do que escolhemos contar, independente de ser fato ou ficção. E a fanficagem da própria vida não deixa de ser um exercício expandido dentro dessa seara. O que escolhemos contar e o que escolhemos modificar do nosso relato. Por fim, vale a máxima da dona Aline Valek: nunca confie no narrador.
Eu fui fanfiqueira de fórum e sou ate hoje da minha própria vida, é inevitável. Tenho a brisa que esse espaço potencial de tudo que não aconteceu vicia, e vira um exercício de ficção que quando a gente vê, já tá fazendo. No banho, lavando louça, olhando pela janela.
Poética demais essa news. Vou voltar nela outras vezes e grifar minhas frases favoritas. E citar depois de um jeito blasé "vc já conhece Paula Maria? Ahhh... sou muito fã!"
Oi! Boas vindas pra vc! Ainda tô investigando isso do mandatório, acho que a teoria literária na faculdade vai me trazer mais objetos pra pensar. Obrigada por me ler :)
Amei sua poesia!!! (e o texto).
Obrigada pela leitura, anny
Amei, Paula; especialmente o poema. E, claro, minha vida está nas criações todas, alguém escapa disso?
Acho que ninguém, né? Mas tem gente que disfarça melhor, rs
Já escrevi muita fanfic de Harry Potter e fanfiquei muito a minha vida real. Essa semana numa aula sobre Teresa Cárdenas, surgiu uma reflexão sobre o quanto a biografia e a literatura dão conta da vida. Curiosamente, no bate-papo do Leia Mulheres Niterói rolou algo parecido no debate do livro "Eu, Tituba: bruxa de Salém", da Maryse Condé: como a narrativa em primeira pessoa parece se demorar em certas partes da história, detalhando horas e dias com precisão; e em outras, avança anos em um único parágrafo, sem dar conta de como se deu a transição. Isso me lembrou que tanto na biografia quanto na literatura há um trabalho de seleção do que escolhemos contar, independente de ser fato ou ficção. E a fanficagem da própria vida não deixa de ser um exercício expandido dentro dessa seara. O que escolhemos contar e o que escolhemos modificar do nosso relato. Por fim, vale a máxima da dona Aline Valek: nunca confie no narrador.
Preciso ler Eu, Tituba! Mais de uma pessoa já me indicou!
Aline é muito rainha, né?
Posso te mandar pelo correio! To numa vibe de desapego, dando preferência a desapegar pros amigos ^^
ah, a beleza de te ler. tão bonito, tão gostoso. obrigada, viu?
E o prazer de ter vc como leitora? tsc tsc, nem falo!
Eu fui fanfiqueira de fórum e sou ate hoje da minha própria vida, é inevitável. Tenho a brisa que esse espaço potencial de tudo que não aconteceu vicia, e vira um exercício de ficção que quando a gente vê, já tá fazendo. No banho, lavando louça, olhando pela janela.
Adorei o texto!
caramba, é isso mesmo, vicia!
aiiii, fui muito fanfiqueira da minha própria vida!!! ADOREI a edição de hoje <3
e obrigada SEMPRE pelo carinho de indicar a news ;)
<3 sou fã, vc sabe!
Poética demais essa news. Vou voltar nela outras vezes e grifar minhas frases favoritas. E citar depois de um jeito blasé "vc já conhece Paula Maria? Ahhh... sou muito fã!"
Ah mulher, vê se mereço esse carinho todo?
<3
eu, que fui autora de fanfic, dei uma gargalhada aqui na menção :P
gosto da tua poesia :)
abraço e obrigada pelo link! <3
hehehe os fanfiqueiros se identificam de longe!
Oi! Boas vindas pra vc! Ainda tô investigando isso do mandatório, acho que a teoria literária na faculdade vai me trazer mais objetos pra pensar. Obrigada por me ler :)