Ainda não processei a morte do meu. Tão fundamental pra eu viver melhor hoje, ser adulta e poder viver o que vivo, como vivo.
Acho que por andar com o círculo paliativista eu me remeto a outras leituras e outros jeitos. A primeira leitura fundamental sobre a morte, pra mim, foi "Viver o seu Morrer", do Keleman. Acho que é dos poucos que a tradução não é da Regina... mas foi fundamental pra processar a perda do meu avô materno.
Outras duas que me ajudaram litros lá em 2022, com a notícia da minha doença, foram "A morte é um dia que vale a pena viver", da Ana Claudia Quintana Arantes e "Enquanto eu Respirar", da Ana Michelle Soares. Dois presentes que a Kall me deu e iluminam o meu caminho (junto com o sorriso dela, que vem a mim lá de Montreal, vê se pode).
Luto é luto e cada uma vive o seu como dá, dentro da sua pele. Eu tive vontade de te abraçar o ano todo, mas brotou uma delicadeza aqui, uma sensação que vc se retraía e não queria. Contive o abraço. Ele tá aqui, guardado pra quando você quiser.
Fiz outras anotações sobre a sua cartinha pra comentar aqui, mas não quero mais. Público demais. São pra conversar a sós, eu e você, quando a gente se encontrar.
a morte é o que há de realmente inevitável e irremediável na vida. acho que é por isso que nunca estamos de fato preparados para ela, porque nos atinge na nossa falibilidade. o que podemos fazer é abraçar as boas memórias e buscar nelas algum conforto, deixando que o tempo transforme toda a dor em saudade.
Me vi muito nesse texto. Também sou psicólogo e também perdi uma referência para mim como terapeuta e como pessoa. Meu orientador na clinica, professor modelo de terapeuta morreu quanto eu tinha pouco tempo de formado. Isso ja faz alguns anos (16 para ser maus exato) e me veio de volta essa sensação que vez ou outra retorna, das perdas significativas e de como temos vivido. Na época eu lembro que escrevi um texto para mim e para o meu querido mestre.
Sinto muito por sua perda e obrigado por compartilhar. Um abraço fraterno.
Eu tive de lidar com a morte de minha terapia e não da terapeuta. Um tempo precioso pra mim, mas um certo descuido por parte dela me fez não seguir. Agora é lidar com mais uma elaboração, além de tantas outras. Obrigada pela escrita sensível e pelas sugestões.
Como é difícil esse lance de terapeuta morrer.
Ainda não processei a morte do meu. Tão fundamental pra eu viver melhor hoje, ser adulta e poder viver o que vivo, como vivo.
Acho que por andar com o círculo paliativista eu me remeto a outras leituras e outros jeitos. A primeira leitura fundamental sobre a morte, pra mim, foi "Viver o seu Morrer", do Keleman. Acho que é dos poucos que a tradução não é da Regina... mas foi fundamental pra processar a perda do meu avô materno.
Outras duas que me ajudaram litros lá em 2022, com a notícia da minha doença, foram "A morte é um dia que vale a pena viver", da Ana Claudia Quintana Arantes e "Enquanto eu Respirar", da Ana Michelle Soares. Dois presentes que a Kall me deu e iluminam o meu caminho (junto com o sorriso dela, que vem a mim lá de Montreal, vê se pode).
Luto é luto e cada uma vive o seu como dá, dentro da sua pele. Eu tive vontade de te abraçar o ano todo, mas brotou uma delicadeza aqui, uma sensação que vc se retraía e não queria. Contive o abraço. Ele tá aqui, guardado pra quando você quiser.
Fiz outras anotações sobre a sua cartinha pra comentar aqui, mas não quero mais. Público demais. São pra conversar a sós, eu e você, quando a gente se encontrar.
A gente conversa na quarta! ;) Esse ano tou <fechada pra balanço> porque ou era isso ou quebrar. Enfim, cheguei a dezembro!
a morte é o que há de realmente inevitável e irremediável na vida. acho que é por isso que nunca estamos de fato preparados para ela, porque nos atinge na nossa falibilidade. o que podemos fazer é abraçar as boas memórias e buscar nelas algum conforto, deixando que o tempo transforme toda a dor em saudade.
Entendo que nem toda dor será saudade, mas aceito… porque emoções sao complexas (e nós tbm!)
Me vi muito nesse texto. Também sou psicólogo e também perdi uma referência para mim como terapeuta e como pessoa. Meu orientador na clinica, professor modelo de terapeuta morreu quanto eu tinha pouco tempo de formado. Isso ja faz alguns anos (16 para ser maus exato) e me veio de volta essa sensação que vez ou outra retorna, das perdas significativas e de como temos vivido. Na época eu lembro que escrevi um texto para mim e para o meu querido mestre.
Sinto muito por sua perda e obrigado por compartilhar. Um abraço fraterno.
Obrigada pelo comentário generoso e leitura atenta.
que delicadeza de texto. abraço, amiga.
Eu tive de lidar com a morte de minha terapia e não da terapeuta. Um tempo precioso pra mim, mas um certo descuido por parte dela me fez não seguir. Agora é lidar com mais uma elaboração, além de tantas outras. Obrigada pela escrita sensível e pelas sugestões.