Oi pessoal, tô sumida dessa newsletter porque empaquei. Já comecei dois ou três textos diferentes e nenhum parecia suficiente para que eu me autorizasse a enviar a cartinha a vocês. Então esses textos seguem no rascunho aqui logo acima desse, no meu arquivo .doc que guardo na nuvem. Não sei se voltarei a eles daqui um tempo, mas gosto de pensar que sim, que posso dar uma segunda chance para ideias que um dia pareceram geniais. Bem… geniais é exagero. Mas você entendeu (espero!).
Escrever é o tema da newsletter da Gaía Passarelli que acabei de ler. Estou no meu segundo café da manhã do dia e me sinto gulosa, não só porque fiz duas generosas torradas na frigideira, mas porque sinto uma fome inexplicável de palavras. Acordei com algumas frases na cabeça - que perdi porque não deu tempo de anotar. Pouco antes de ler a Gaía, tinha lido um conto curtinho de Cortázar, enviado pela Luiza no grupo Marias del Bairro (já conto sobre essa tour). Antes de ler Cortázar, tinha lido poemas da Adélia Prado durante meu primeiro café da manhã e ainda antes acordei lendo posts no instagram. Compilando tudo agora sinto que a gula pelas palavras tá mais aguda do que eu imaginava…
Além de ler bastante, tenho escrito também com certo volume. Uma síntese sobre este hábito se repete em meus pensamentos: escrever, para mim, tem dois ritmos peculiares. Em alguns momentos, a velocidade e o desejo incontrolável como vulcão em erupção, cobre tudo pela frente, atropela o sentido, não aguarda sua vez, destrói e transborda. Em outros, tem lentidão e dificuldade em se entregar à passagem, como uma torneira frouxa que pinga o dia inteiro, impertinente, contida, a conta gotas, que incomoda mas nunca é consertada. O grupo Marias Del Bairro é minha equipe do Mundial de Escrita e participar do mundial oscila muito entre esses dois humores, porque escrever diariamente 3000 caracteres a partir de uma proposta de terceiros pode ser maravilhoso e pode ser terrivelmente difícil. Ou vou resolver um monte de problema emocional ou vou ter mais conteúdo pra levar para terapia.
Termino hoje com um texto mais curtinho porque preciso guarda esses músculos para o texto do Mundial que me aguarda logo menos. O tema de hoje é contar sobre um acontecimento que tenha provocado em você uma emoção muito forte na vida, mas, na hora de escrever, reduzir a descrição das sensações emocionais, quase como se fôssemos apenas testemunhas distantes do evento. Diz aí, sobre o que você escreveria com essa consígnia?
Saiu meu primeiro texto publicado em livro de verdade! Tem versão digital e física.
Junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+ e o B não é de bonita, portanto escrevi aqui ó.
Junho também é meu aniversário e você pode me pagar um café, se desejar. Responde a essa news que te mando meu pix. :)
Fernanda Takai dizendo que tudo vai ficar tudo bem é até um alento pro coração.
Um abraço e nos vemos na próxima edição,
paulamaria.