Olá!
Esse é o Caderno de Perguntas, newsletter exclusiva para assinantes pagos da te escrevo cartas. Aqui, temos uma edição extra, enviada para todo mundo que assina - pagantes ou não - como um descanso pós carnaval. Um presentinho, como um aperitivo para entenderem como é a versão paga da news.
Todo mês faço uma espécie de entrevista com alguém do mundinho das newsletters, através de perguntas do meu caderninho pessoal. Hoje, com vocês, Lisandro Gaertner.
Nome, idade, profissão/similar
Lisandro Gaertner, 48 anos. Apesar da minha formação ser psicologia, não sei se posso dizer que tenho uma profissão. Já fiz de tudo um pouco na vida: tive dois sebos; fui ghostwriter de livros de negócios; sou professor e consultor; escrevi roteiros de animação e criei jogos de treinamento; e nos últimos anos trabalho principalmente como gerente e especialista em gestão do conhecimento e aprendizagem. Além disso, dirigi curtas metragens, escrevi alguns livros de ficção, e roteiros de histórias em quadrinhos.
Seu pior e melhor hábito
Pior: me isolar.
Melhor: ser curioso.
Um des-conselho para quem escreve
Se preocupe mais em ser escritor(a) do que com escrever.
Confiança é uma questão para você?
Não. Confio de graça. É mais fácil. Mas tenho baixas expectativas, para diminuir a inevitável frustração.
O que te anima?
Tempo livre remunerado.
O que aconteceu ontem a noite?
Exausto, dormi no meio de uma aula online.
Qual a última bebida?
Água.
Com quem você mais gosta de conversar?
Gabi.
Você está começando algo?
Sempre. Agora estou no planejamento de uma série em quadrinhos para o Instagram; de um longa metragem de humor sobre réus de corrupção vivendo num condomínio de luxo; de uma ficção em áudio quase epistolar sobre alcoolismo; e de uma noveleta sobre uma psicanalista viciada em jogo do bicho. O que vai vingar? Não sei.
A cor de seus olhos é igual a de quem?
Não sei, sou daltônico.
Quem te faz rir?
Alícia.
Está ouvindo algo agora? O que?
My future is so bright, I gotta wear shades do Timbuk 3
Tem o costume de escrever à mão?
Só diários e anotações.
Gostaria de fazer uma sessão de fotos?
Não, onde já se viu?
O que queria ser quando crescer?
Desenhista e roteirista de quadrinhos. Quase deu certo mas não deu.
O que usa para dormir?
Pra vestir: bermuda e camiseta. Pra me dar sono: vídeos com programas de rádio de humor dos anos 1980.
Consegue dobrar a língua?
Não. Mas já mordi ela várias vezes. Literal e figurativamente.
Seu livro favorito:
Impossível escolher um só. Tem uns que eu vivo relendo. As Cariocas de Sérgio Porto. Big Loira e outras histórias de Dorothy Parker; Watchmen de Alan Moore; As Últimas Notícias do Mundo do Anthony Burgess; On the Road, do Kerouac; Animal Man do Grant Morrison; Metropolitan Life da Fran Lebowitz. E, óbvio, meu livro de contos A Década Perdida. Sou o oposto da maioria dos escritores. Adoro me reler. Tanto por vaidade, como pra me dar raiva.
Estuda melhor com ou sem música?
Acho que nunca aprendi a estudar.
Um show que gostaria de assistir:
Se pudesse viajar no tempo queria assistir ao Devo no Hotel Nacional durante o Free Jazz de 1989. Hoje em dia, nenhum me vem à cabeça. Cansei de multidões. O melhor show que assisti foi um do Helmet no Circo Voador, que tinha no máximo umas 10 pessoas. No meio do show, eles chamaram o Nick Cave pra dar uma canja e ele ficou até o final. Não fazem mais shows assim hoje em dia. Pensando bem, eu assistiria um ninja gig da Amanda Palmer.
Café ou chá?
Chá.
Já ganhou algum concurso?
Só os que não importam.
Já fugiu de casa?
Não, mas já fugiram da minha.
O que te dá preguiça?
Vaidade.
O que te desconcerta?
Ignorância.
Sete coisas que encontro no seu quarto
Livros, cadernos, DVD, VHS, uma tevê de tubo, um kindle, e uma cama.
Sete coisas indispensáveis
Livros, cadernos, canetas, internet, TV, uma geladeira cheia, e um lugar pra deitar.
Favoritos: número, cor, comida, lugar
17, preto, depende do momento, aqui.
A - Z:
almeja: Não almejar.
biscoito ou bolacha? Biscoito
citação aleatória:
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria? - Fernando Pessoa
descobriu esse ano que: Meditar é mergulhar.
existem ets? Sim
fica envergonhade quando: Me elogiam.
gato ou cachorro? Gato.
horário agora: 19:48
invenção preferida: Lápis. E o apontador de lápis.
já nadou pelade? Já
kkkk ou risos? Nenhum dos dois.
lendo atualmente: Histórias constrangedoras da Bíblia, Aqui está Nova York e Flaneuse.
mentira que mais repetem sobre você: Que eu sou comunista.
navegar é preciso? Não. É mais confuso que viver.
oráculo do dia: Hoje é o dia. Sempre é. Do meu livro de mensagens sarcásticas de biscoitos da sorte #100sorte. Tem no Kindle. Procura lá.
palavra preferida: Idiossincrático.
quer em 2023: Paz de Espírito
ritual ao acordar: Meditar, ouvir web rádio, e jogar term.ooo
sentimento atual: Cansaço preventivo.
tesão é: Perturbação na paz de espírito a ser saciada de maneira gulosa.
universo tem fim? Não sei nem se teve começo.
viver e não ter a vergonha de ser feliz? Não. Culpa, vergonha e outros sentimentos considerados negativos são importantes. Final feliz é desejo de morte.
whatsapp ou telegram? e-mail,
xícara ou caneca? Caneca.
‘y não rola’ ou diga o que quiser: Nada a comentar. A não ser isso.
zarpar para onde? Não me zoem, mas estou louco pra me mudar pra Paquetá.
30. Deixe seu recado após o sinal. beeeeep:
A vida é mais fácil pra quem não deixa e não ouve recados de voz.
Lisandro Gartner é um curioso entusiasta de muitas coisas, inclusive é meu comparsa na
, uma newsletter com exercícios de criatividade. É carioca, amante da praça São Salvador, alimenta seu site com frequência e publicou Década Perdida, livro de contos lançado em 2022 pela Editora Pedregulho.Muito obrigada pela parceria, Lisandro!
Considere a assinatura paga dessa newsletter. São R$8 reais/mês ou com desconto no link abaixo:
Esperando que tenham tido um ótimo carnaval, deixo aqui um abraço e até a próxima!
paulamaria.